1248- 1279
D. Afonso III - "O Bolonhês"
5 de Maio de 1210 (Coimbra) – 16 de Fevereiro de 1279 (Alcobaça)
Casou com D. Matilde de Bolonha e com D. Beatriz de Castela
À sua chegada o conde de Bolonha ( por ser casado com D. Matilde condessa de Bolonha ) tinha-se auto-proclamado rei como Afonso III, mas a morte de Sancho II sem descendentes deu a esta usurpação um manto de legalidade.
A esposa do rei, D. Matilde, não quis vir para Portugal e ele criou uma situação anormal de “bigamia”, fazendo contrato nupcial com a princesa D. Beatriz, que ao tempo tinha menos dez anos de idade e veio logo para Portugal, embora não fizesse vida marital. E, por estranho que pareça, os bispos não lhe fizeram qualquer oposição.
Continuou a política dos reis anteriores, unindo o reino dividido, completou a ocupação do Alentejo e Algarve, transferiu a capital de Coimbra para Lisboa em 1256 e fortificou-a com a edificação de torres, convocou as Cortes em Leiria nas quais foram convocados pela primeira vez em Portugal os representantes das municipalidades (Representantes do Povo).
Ao tentar ampliar a cultura intelectual, criou condições favoráveis à actuação dos trovadores provençais, que ele apreciava e protegia.
Para aprofundar os conhecimentos sobre este rei, consulte:
1279 - 1325
D. Dinis - "O Lavrador"
9 de Outubro de 1261 (Lisboa) – 7 de Janeiro de 1325 (Odivelas)
Casou com D. Isabel de Aragão
O rei D. Dinis foi mandado educar esmeradamente pelo seu pai e revelou-se modelar como soberano, no domínio da politica.
Fomentou a agricultura, tendo como medida mais notável a sementeira do pinhal de Leiria, propriedade real; incentivou a distribuição e circulação da propriedade favorecendo o estabelecimento de pequenos proprietários; mandou drenar pântanos para distribuir a terra a colonos; concedeu várias minas e mandou explorar algumas por sua conta; desenvolveu as feiras.
Reorganizou a marinha, interessando-se pelo comércio marítimo e aperfeiçoamento dos processos de navegação, contratando marinheiros italianos para virem trabalhar para Portugal e fez convénios comerciais com outros monarcas; resolveu habilmente o problema dos Templários (perseguidos por Filipe o Belo rei de França, que conseguiu do Papa a sua extinção), criando para isso a Ordem de Cristo.
Fundou a Universidade de Coimbra. O português torna-se a língua oficial do país. Distinguiu-se pelos seus dotes de poeta.
Promoveu a construção de castelos e novas muralhas em redor das cidades.
Sua esposa deixou nome pelas suas excepcionais virtudes, sobretudo pelo interesse que lhe mereceu a paz, sendo conhecida por Rainha Santa ou Rainha Santa Isabel tendo culto muito intenso no centro do País, designadamente em Coimbra e Ansião.
Para aprofundar os conhecimentos sobre este rei, consulte:
1325 - 1357
D. Afonso IV - "O Bravo"
8 de Fevereiro de 1291 (Coimbra) – 28 de Maio de 1357 (Lisboa)
Casou com D. Beatriz de Castela
A História deu-lhe este cognome de "Bravo", por ter mostrado grande valor guerreiro na batalha que os exércitos de diversos reis cristãos travaram contra as tropas sarracenas, nas margens do rio Salado, no sul de Espanha.
No princípio do reinado teve dura luta com seu irmão bastardo que pretendia ocupar o trono.
O facto mais notável do seu reinado foi o da condenação à morte, pelo rei, e a execução de D. Inês de Castro, não sendo propriamente atitude ou iniciativa judicial, foi mais uma medida administrativa ou governativa. Sofreu a morte em atenção às chamadas razões de Estado, por motivos que muito se parecem com os conluios políticos.
Promoveu o progresso de Portugal, sobretudo no aspecto comercial, melhorando a frota marítima e fazendo tratados de comércio com alguns reis estrangeiros, nomeadamente os da Grã-Bretanha.
Há quem afirme que os portugueses começaram neste tempo as viagens marítimas de longo curso, tendo atingido o arquipélago das Canárias, mas isso não está suficientemente documentado.
Para aprofundar os conhecimentos sobre este rei, consulte: