VIAJANDO NO TEMPO...e no espaço!

Março 21 2009

 

1640 - 1656
D. João IV - "O Restaurador"
19 de Março de 1604 (Vila Viçosa) – 6 de Novembro de 1656 (Lisboa)
Casou com D. Luísa Francisca de Gusmão
 
As condições que a Espanha enfrentava no cenário europeu permitiram que a guerra não fosse muito violenta, pois no tempo deste rei houve apenas uma batalha de certa importância, a que se travou na região do Montijo, em território espanhol, sinal de que foram os portugueses os invasores. Teve o cognome de “O Restaurador” por ser o monarca que recuperou a verdadeira independência nacional.
Embora todo o País quisesse a separação da Espanha, houve ainda algumas manifestações de revolta, de que se destacou a do marquês de Vila Real e do duque de Caminha, seu filho, que foram executados.
Continuaram os ataques dos inimigos da Espanha a diversas regiões do Ultramar, nomeadamente em Angola e no Brasil, obrigando-os a fazer grande esforço para conservar umas e recuperar outras. Houve cidades que se perderam, como aconteceu com Malaca e como antes ocorrera com Ormuz e outras praças de guerra.
Pode-se recordar que, em 1641, os holandeses ocuparam Luanda, Benguela e S. Tomé, que foi recuperada mais tarde, em 1648.
Sua esposa mostrou ser muito corajosa ambiciosa, apoiando o marido e incentivando-o a que aceitasse a coroa. Diz-se dela que em sua opinião “valia mais ser rainha uma hora do que duquesa toda a vida” ou então que “era preferível morrer reinando do que viver servindo”.
Uma das suas medidas mais famosas foi proclamar Nossa Senhora da Conceição (Imaculada Conceição) padroeira e rainha de Portugal.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao4.html
 
 
 
1656 - 1683
D. Afonso VI - "O Vitorioso"
21 de Agosto de 1643 (Lisboa) – 12 de Setembro de 1683 (Lisboa)
Casou com D. Maria Francisca Isabel de Sabóia
 
Rei de Portugal devido à morte prematura de seu irmão D. Teodósio, legítimo herdeiro do trono.
Notoriamente diminuído, sofria de grave deficiência física e mental. Na menoridade governou como regente do reino sua mãe D. Luísa de Gusmão, depois exerceu o poder com eficiência mas exagerado autoritarismo, o primeiro-ministro e escrivão de puridade, Conde de Castelo Melhor.
No seu reinado, o exército português obteve vitórias contra as tropas espanholas, tendo ganho as batalhas de Elvas, Ameixial, Castelo Rodrigo e Montes Claros, o que consolidou a independência de Portugal.
A Guerra da Restauração terminou com o tratado de paz assinado em 1668.
Sobre o seu casamento e o processo de nulidade subsequente, especialistas em direito canónico sustentam que as condições do rei não lhe permitiam fazer casamento válido, pelo que a anulação fundamentou-se no facto de nunca ter sido consumado. Levaram-no a fazer casamento político. Sua esposa, em face do desencanto apresentado por D. Afonso, prendeu-se logo aos atractivos do irmão, D. Pedro, futuro rei.
Um golpe de estado afastou D. Afonso VI que viveu ainda longos anos como prisioneiro em alguns palácios. Arredou do País o Conde de Castelo Melhor e entregou o poder a D. Pedro.
O seu reinado vai da morte de seu pai, em 1656, até ao ano da sua morte, em 1683, mas o governo pessoal não chegou a existir e o governo nominal vai até 1667.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/afonso6.html
 
 
1683 - 1706
D. Pedro II - "O Pacífico"
26 de Abril de 1648 (Lisboa) – 9 de Dezembro de 1706 (Lisboa)
Casou com D. Maria Sofia de Neuburgo
 
Assinou a paz com a Espanha mas, logo a seguir e na aparência desnecessariamente, entrou noutro conflito, a Guerra da Sucessão da Espanha. Fez o famoso convénio comercial com a Grã-Bretanha, o Tratado de Methwen.
É apontado como favorável à divulgação do vinho do Porto e altamente prejudicial à incipiente indústria nacional.
Neste período foram encontradas as grandes reservas de ouro, diamantes e esmeraldas, no Brasil, o que veio criar condições económicas favoráveis e enriquecer artisticamente o País, com o que se chama Estilo Barroco, de que temos inúmeros espécimes em igrejas e palácios.
Foi no seu tempo que se reuniram pela última vez as cortes, à maneira antiga, que aliás não chegaram ao fim dos seus trabalhos por o rei as dissolver, sob a acusação de que pretendiam deliberar em assuntos que não eram da sua competência.
A próxima reunião dos representantes do povo só veio a ocorrer já no período do liberalismo. Diz-se que o absolutismo régio veio de D. Pedro II, mas na verdade tinha começado muito antes, pelo menos em D. João II.
D. Pedro II governa Portugal desde 1667 e foi rei de 1683 a 1706, data da sua morte. Em boa lógica, o seu reinado deveria ter começado logo em 1656, quando faleceu seu pai, D. João IV, evitando-se mais uma sucessão régia anormal e um processo de casamento um tanto escandaloso.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/pedro2.html
 
 
 
 
1706 - 1750
D. João V - "O Magnânimo"
22 de Outubro de 1689 (Lisboa) – 31 de Julho de 1750 (Lisboa)
Casou com D. Maria Ana de Áustria
 
D. João V desfrutou no seu reinado dos recursos provenientes da exploração aurífera no Brasil, e criou condições para que se radicasse e desenvolvesse o que chamamos Estilo Barroco Joanino.
Nas realizações estéticas ou utilitárias, salienta-se a construção do imponente Convento de Mafra e Aqueduto das Águas Livres, este para abastecer de água potável a capital portuguesa. E ainda a construção da Torre dos Clérigos e respectiva igreja, no Porto, e do Palácio Real de Queluz.
Interessou-se muito pelo desenvolvimento da cultura, segundo os moldes do tempo. A organização mais célebre então criada foi a Academia Real de História, que congregava pessoas de grande cultura e de alto nível social. A actividade editorial então desenvolvida, demonstra que havia entre as camadas sociais de maior destaque verdadeiro interesse pelos problemas intelectuais, segundo os moldes da época, como naquele tempo eram apreciados.
Negociou o fim da Guerra da Sucessão da Espanha, mas logo a seguir tomou parte numa campanha contra os turcos, a pedido do Papa Clemente XI, tornando-se famosa a batalha naval de Matapan, em que participou a nossa marinha.
Descontando estas intervenções bélicas, o reinado de D. João V corresponde a um dos mais prolongados períodos de paz de que Portugal gozou ao longo de toda a sua História.
A reunião das cortes de que se falou em D. Pedro II teve o objectivo principal de aceitarem este príncipe como sucessor régio, segundo a jurisprudência da época, não sendo descendente directo – a linha sucessória havia sido interrompida em D. Afonso VI, precisava de que as cortes o aceitassem como herdeiro do trono. (Encontramos situação idêntica em D. Dinis e D. Carlos).
O cognome pelo qual ficou sendo conhecido, vem da sua obsessão pelas grandezas e pelas honrarias. Era muito cioso das prerrogativas régias, pretendia ser tratado com tanta deferência como qualquer outro monarca.
Fez com que o prelado de Lisboa fosse sempre cardeal e o núncio apostólico em Portugal elevado ao cardinalato antes de terminar as suas funções. Não sendo uma vez nisso atendido pelo Papa, chegou a cortar relações diplomáticas com a Santa Sé. Conseguiu que a Catedral de Lisboa fosse elevada à dignidade de sé patriarcal e que os seus cónegos usassem insígnias semelhantes às da corte papal.
Obteve para Portugal o privilégio de os sacerdotes rezarem três missas no dia de finados, que só mais de século e meio depois foi estendido a toda a cristandade.
Para se poder equiparar aos monarcas espanhóis, que eram chamados Católicos e ao da França, este denominado Cristianíssimo, requereu e obteve do Papa Bento XIV o título e tratamento de Fidelíssimo.
O seu casamento com D. Maria Ana de Áustria, princesa da família imperial, prova que Portugal era então um reino altamente prestigiado. Foi uma rainha de grandes qualidades.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao5.html
 
 
1750 - 1777
D. José - "O Reformador"
6 de Junho de 1714 (Lisboa) – 24 de Fevereiro de 1777 (Lisboa)
Casou com D. Mariana Vitória
 
O reinado de D. José confunde-se com o governo de Sebastião José de Carvalho e Melo. Tem o cognome de Reformador por se dizer que no seu tempo foram introduzidas profundas alterações na forma de governar.
A maior foi ter havido um primeiro-ministro que parece substituir o rei, quando apenas houve uma quase perfeita sintonia e harmonia de mentalidades entre o soberano e o governante efectivo.
Sebastião José (Marquês de Pombal) teve no início da sua carreira o apoio da esposa de D. João V, que simpatizou com sua mulher, por também ser como ela de nacionalidade germano-austríaca.
Logo nos primeiros anos do reinado ocorreu o terramoto de Lisboa (1-11-1755), que deu ao ministro o domínio da máquina governativa. Tomou acertadas medidas de protecção aos sinistrados e de inteligente reconstrução da capital.
Houve alguns anos depois uma tentativa de regicídio, aproveitando o pretexto para abater a nobreza, tratando barbaramente os acusados, e combater injustamente os jesuítas. Os nobres implicados (Távoras) foram executados com requintes selvagens. Os jesuítas foram expulsos tanto de Portugal como das missões ultramarinas. A Universidade de Évora, mantida pela Companhia de Jesus, foi encerrada assim como todas as outras escolas sustentadas pelos inacianos.
Fundou a Aula do Risco para o estudo da engenharia. Para melhor preparação da aristocracia nacional, para a educação dos filhos da fidalguia, criou em Lisboa o Real Colégio dos Nobres. Reformou o esquema pedagógico da Universidade de Coimbra, em moldes que se reconheceu serem pouco sensatos.
Instituiu em Lisboa a Junta do Comércio. Para favorecer a produção e a comercialização do vinho do Porto, organizou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Criou a Capitania Geral de Moçambique. Estabeleceu o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro. Promoveu-se a colonização de Angola com emigrantes europeus.
Organizaram-se grandes empresas comerciais monopolistas, a Companhia do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia de Pernambuco e Paraíba, mas não deram os frutos que delas se esperavam. Houve ainda outras, noutros lugares.
Os índios do Brasil foram declarados livres, sendo proibida a sua redução à escravidão. Tomaram-se medidas tendentes a dificultar o tráfico esclavagista e até a transferência de escravos, pois adquiriam a liberdade os que entrassem no território de Portugal. Também se decretou a extinção da distinção entre cristãos-velhos e cristãos-novos (descendentes dos judeus).
Foi fundida com técnica de engenheiros nacionais (em peça única e num só jacto), e solenemente inaugurada no Terreiro do Paço, em Lisboa, a estátua equestre de D. José. Afirma-se ser a mais perfeita estátua de bronze de Portugal e uma das melhores do mundo.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/jose1.html
 
 
1777 - 1816
D. Maria I - “A Piedosa"
17 de Dezembro de 1734 (Lisboa) – 20 de Março de 1816 (Rio de Janeiro)
Casou com D. Pedro III
 
Logo que subiu ao trono, a primeira Rainha Portuguesa titular, procurou emendar erros que vinham do reinado anterior, dando liberdade a muitos presos, grande parte jesuítas, injustamente encarcerados (como o bispo de Coimbra, D. Miguel da Anunciação, encarcerado durante mais de oito anos e que D. José ainda mandou soltar na véspera da sua morte). Foi o que se chamou “Viradeira”.
No seu reinado foi fundada a prestigiosa Academia Real de Ciências de Lisboa, que congregava os maiores intelectuais portugueses e a Academia Real da Marinha, entidade destinada a promover a preparação e a dar apoio aos que pretendiam seguir a carreira naval. Instituiu-se também a Casa Pia, para dar abrigo e promover a educação das crianças desvalidas ou abandonadas, ao tempo muito numerosas. Instituiu-se a Biblioteca Pública de Lisboa, organismo que se transformou com o tempo e a evolução da sociedade no que hoje designamos por Biblioteca Nacional.
Um grupo de capitalistas, com apoio oficial, lançou-se na construção do Teatro de S. Carlos, em Lisboa, e outros tomaram a iniciativa de edificar o Teatro de S. João, no Porto. Tiveram estes nomes para homenagear os futuros monarcas, D. Carlota Joaquina e D. João VI.
D. Maria I viveu num tempo calamitoso, de grandes transformações, profundas e inesperadas. Acompanhou o desenrolar da Revolução Francesa e as modificações que dela resultaram. Também sofreu desgostos familiares, a morte do marido e logo a seguir a do filho primogénito. Sendo muito impressionável, talvez isso a tenha influenciado, tendo perdido o uso da razão.
Por tal motivo, o governo de Portugal passou a ser desempenhado pelo filho sucessor, com a designação de “Príncipe-Regente”.
A História chama-lhe “A Piedosa” por ter sido realmente muito devota (talvez até mais do que o conveniente, não sendo dela toda a culpa, integrava-se na mentalidade da época). Deu prova de religiosidade fazendo construir a Basílica da Estrela, dedicada ao Coração de Jesus, devoção no tempo em expansão.
A última fase do seu reinado acumulou acontecimentos bélicos e políticos muito lastimáveis.
No período em que estava bastante doente, ocorreu na região de Minas Gerais, no Brasil, o movimento conhecido na História por “Inconfidência Mineira”, que tinha em vista a proclamação da independência do país ou pelo menos a da região aurífera. Como consequência disso, um dos implicados, José Joaquim da Silva Xavier, por alcunha o “Tiradentes”, foi executado e os demais condenados a pena de degredo nas possessões africanas, Angola e Moçambique.
Enfrentou-se a “Campanha do Roussilhão”, logo seguida pela “Guerra das Laranjas” e pouco depois pela “Guerra Peninsular”, que costumamos designar por Invasões Francesas.
A Corte decidiu deslocar-se para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro (e isso prende-se de perto com a futura e bastante próxima proclamação da independência brasileira).
A primeira invasão francesa foi comandada por Junot, ocupou Lisboa em Novembro de 1807, e ficou a governar Portugal em nome de Napoleão Bonaparte, imperador dos franceses.
A segunda invasão atingiu o Porto em 29 de Março de 1809, e ocorreu então o grande “desastre da ponte das barcas” (a passagem do Douro fazia-se por um passadiço de madeira sobre barcaças, que quebrou, e a multidão, empurrando-se para fugir aos franceses, atirou ao rio milhares de pessoas).
 A terceira invasão entrou pela Guarda, dirigindo-se a Lisboa por Coimbra, travou-se a “Batalha do Buçaco” em fins de Setembro de 1810, derrotando os franceses, que prosseguiram até Torres Vedras, mas não atingiram a capital.
Como a Corte estava no Brasil, o governo de Portugal foi confiado a um Conselho de Regência (em que os oficiais ingleses tinham a supremacia, e isso causou enorme descontentamento, que se traduziu em diversas atitudes e provocou várias reacções, em regra contrárias à influência exercida pelos militares britânicos).
D. Maria I governou o País desde 1777 a 1792.
De 1792 a 1816, data da sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro, governou seu filho D. João.
 
Para saber mais sobre esta rainha, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/maria1.html
 
 
 
1816 - 1826
D. João VI - “O Clemente"
13 de Maio de 1767 (Queluz) – 10 de Março de 1826 (Lisboa)
Casou com D. Carlota Joaquina
 
O epíteto dado a este rei teve como motivo o facto de ele, habitualmente, comutar a pena de morte a todo os condenados que a solicitaram. Há estudiosos que afirmam nunca ter negado a concessão desta graça.
O reinado de D. João VI não ficou marcado por realizações materiais de grande vulto A ocorrência mais destacada no seu reinado talvez seja o seu retorno a Lisboa, depois de mais de uma dúzia de anos de permanência no Brasil, permitindo que a administração portuguesa voltasse a uma certa normalidade.
Em 1820 eclodiu a Revolução Liberal no Porto, que teve como consequência quase imediata a instauração do sistema liberal e pouco depois do regime constitucional, a partir de 1822.
Ainda no seu tempo, o seu filho primogénito D. Pedro proclamou a independência do Brasil, de que ficou a ser o seu 1.º “imperador” (veio a ser reconhecida por Portugal em 1825, ainda durante a vida de D. João VI, que reservou para si a dignidade imperial – atitude simbólica, sem efeitos práticos nem determinantes políticos destacados).
Tendo começado a governar em 1792 como regente do reino, em 1799 passou a fazê-lo em seu nome como “príncipe-regente”. De 1816 a 1826 ocupou o trono como rei de Portugal.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao6.html
 
 
1826 - 1828
D. Pedro IV - “O Liberalista"
12 de Outubro de 1798 (Queluz) – 24 de Setembro de 1834 (Queluz)
Casou com D. Maria Leopoldina

Quando faleceu D. João VI, em Março de 1826, este príncipe ocupava o trono imperial do Brasil (pelo que não podia ser rei de Portugal, impediam-no tanto as leis portuguesas como as brasileiras, mas encontrou solução, abdicando em sua filha D. Maria da Glória. Considerou que era portuguesa por ter nascido antes da independência brasileira, sendo por tal motivo que não pôde abdicar no filho varão D. Pedro).
Determinou que seu irmão mais novo, D. Miguel, ficasse a governar na qualidade de regente do reino (casaria no momento oportuno com a nova rainha, sua sobrinha, então com sete anos de idade).
Logo a seguir, encarregou uma comissão de juristas, orientada por um inglês, de elaborar uma “Carta Constitucional” destinada a Portugal, tendo executado a tarefa em curtas semanas (saliente-se que, apesar da sua origem estrangeira, se considera a mais perfeita constituição portuguesa, a que mais tempo vigorou até ao momento, mais de oitenta anos).
Portugal ficou a ser governado durante algum tempo por sua irmã, D. Isabel Maria, que na devida ocasião entregou o governo ao príncipe D. Miguel.
Em Abril de 1831, tomou a decisão de abdicar o trono brasileiro em seu filho D. Pedro, e veio à Europa combater D. Miguel, já então aclamado rei absoluto de Portugal. Preparou um exército na Inglaterra, concentrou-o nos Açores, desembarcou ao norte do Porto (Praia da Memória) e deu início a uma guerra civil que durou de Julho de 1832 a Maio de 1834, terminando com a derrota de D. Miguel.
A mais importante decisão de D. Pedro, logo que findou a guerra, foi a injusta expulsão das ordens religiosas, em boa parte favoráveis a D. Miguel. Pouco tempo de vida teve, pois veio a falecer, vitimado pela tuberculose, nos fins de Setembro desse mesmo ano, no Palácio Real de Queluz.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/pedro4.html
 
 
1828 - 1834
D. Miguel - “O Tradicionalista"
26 de Outubro de 1802 (Lisboa) – 14 de Novembro de 1866 (Áustria)
Casou com D. Adelaide de Lowenstein Rosemberg

Ainda em vida de seu pai, D. João VI, e segundo parece por instigação de sua mãe, D. Carlota Joaquina, tinha já tomado atitudes antiliberais nos movimentos conhecidos pelos nomes de Vilafrancada (Vila Franca de Xira) e Abrilada (Abril de 1824).
Tomou conta do governo de Portugal, como regente do reino, por indicação de D. Pedro. Reuniu as cortes, segundo os antigos moldes, e foi aclamado rei absoluto.
O seu governo caracterizou-se por ferozes medidas de perseguição aos liberais, tendo cometido muitos desmandos que, de certo modo, lhe tiraram a legitimidade governativa.
Sustentou a guerra civil durante quase dois anos, sofrendo algumas derrotas militares, pelo que se viu obrigado a assinar a Convenção de Évora-Monte e a sair de Portugal, tendo passado o resto da sua vida no exílio: um longo período de trinta e dois anos (alguns estudiosos sustentam que, em face das leis, pertencer-lhe-ia o trono; todavia, a experiência e a forma de governo que teve ocasião de experienciar tirou-lhe toda a legitimidade).
Casou no exílio, pelo que sua esposa nunca foi rainha de Portugal.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte: http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/miguel.html
 
 
 
1834 - 1853
D. Maria II - “A Educadora"
4 de Abril de 1819 (Rio de Janeiro) – 15 de Novembro de 1853 (Lisboa)
Casou com D. Augusto de Leuchtemberg e D. Fernando Saxe Coburgo-Gotha
 
Nasceu no Rio de Janeiro. Todo o seu governo foi muito agitado por convulsões políticas, guerras e revoluções. A Carta Constitucional foi substituída, num curto prazo por outra constituição (os partidos políticos, em regra três, combatiam-se ferozmente; apesar de muitos dos seus responsáveis serem pessoas respeitáveis, a actuação partidária denotava um primitivismo detestável).
Os principais movimentos revolucionários foram a Revolução de Setembro de 1836 (que aboliu a Carta Constitucional), a Belenzada (a contrariar a anterior), a Revolta dos Marechais (Saldanha e Terceira em favor da Carta), a Revolta de Costa Cabral (restaurando-a) e finalmente a Regeneração (revolta do marechal Saldanha, em 1851), que pôs fim a tão triste série.
As incidências bélicas mais salientes foram a Revolução Popular da Maria da Fonte (por terem sido proibidos os enterramentos nas igrejas) e a Revolta da Patuleia (devido a uma mudança de governantes) que na prática estão em estreita sequência, em 1846 e 1847, tendo terminado pela intervenção estrangeira com a assinatura da Convenção de Gramido (Gondomar).
No reinado de D. Maria II tornou-se o ensino primário obrigatório e gratuito, criaram-se os liceus distritais, fundaram-se a Escola Médico-Cirúrgica e a Escola Politécnica (uma de cada designação em Lisboa e no Porto) e ainda o Conservatório Nacional de Música, Dança e Teatro, em Lisboa.
Construiu-se na capital a importante casa de espectáculos conhecida pelo seu nome, o Teatro Nacional de D. Maria II.
Foi-lhe atribuído, muito justamente, o cognome de “Educadora”, pois o mereceu-o por dois motivos diferentes, por todos reconhecidos: pelo grande cuidado posto na educação moral e instrução intelectual dos seus filhos; e pelo interesse que dedicou ao projecto da elevação do nível cultural do seu povo, com particular incidência sobre a infância e juventude. 
O nome desta rainha leva a salientar pormenores curiosos da sua vida. Foi elevada ao trono com sete anos e com essa idade perdeu sua mãe. Com quinze anos iniciou o seu governo, no final da guerra. Faleceu aos 34 anos, na sequência do parto do seu 11.º filho.
 
Para saber mais sobre esta rainha, consulte:
 
 
1853 - 1861
D. Pedro V - “O Esperançoso"
16 de Setembro de 1837 (Lisboa) – 11 de Novembro de 1861 (Lisboa)
Casou com D. Estefânia Hohenzollern-Sigmaringen
 
Foi o soberano português que congregou em torno do seu nome maiores simpatias, sendo por todos reconhecidas as suas inegáveis qualidades e invulgares virtudes.
Teve um reinado de curta duração, de certo modo semelhante ao de D. Duarte. Alimentava na população portuguesa muitas expectativas de que ele viesse a ser um monarca excepcional, pelo que ainda em vida foi chamado “Esperançoso”.
No seu tempo, inaugurou-se o primeiro troço de caminho de ferro, de Lisboa ao Carregado, na distância de trinta e seis quilómetros, preparando a ligação com o Porto e mais tarde com outras cidades de Portugal e de Espanha.
Também foi no seu reinado que se estabeleceu a primeira carreira regular de vapores entre os portos de Portugal e os de Angola, preponderantemente entre Lisboa e Luanda.
Estando muito interessado, havia vários anos, na campanha de repressão ao tráfico esclavagista, Portugal sofreu grande afronta do governo francês, que devia apoiá-la.
Ainda em relação com a África, e mais concretamente com Angola, foram realizadas diversas expedições científicas, de que se podem destacar as de Silva Porto, Frederico Welwitsch, Ladislau Magyar e outros.
Para dar incremento e maior expansão à economia nacional, organizaram-se algumas amostras públicas, tornando-se famosa a Exposição Industrial do Porto.
Enriqueceu os estudos de nível universitário com a criação do Curso Superior de Letras (corrigindo neste pormenor um erro da reforma pombalina). Para o seu funcionamento atribuiu-lhe volumosa verba tirada do seu “fundo civil”. Estabeleceu um curso e um conjunto de disciplinas que lembram uma Faculdade de Filosofia e História.
O rei era muito culto, em consequência da primorosa educação recebida e dedicava-se a escrever (os seus trabalhos literários foram publicados pela Academia de Ciências de Lisboa, entre 1923 e 1930, constituindo cinco volumes).
Portugal foi atingido por duas temerosas epidemias, a cólera-morbo e a febre amarela, que causaram milhares de vítimas (o monarca deu prova de grande coragem e alto espírito humanitário na visita aos hospitais e no auxílio aos carecidos).
Embora por outras enfermidades, a família régia foi também dizimada (chegando a espalhar-se o boato de terem havido actos criminosos, inclusive o envenenamento, que estudos sérios vieram a negar; sabe-se que o rei e seus irmãos foram contagiados pelas águas de Vila Viçosa, que fizeram ainda outras vítimas).
 
Para saber mais sobre este rei, consulte:
 
 
 
1861 - 1889
D. Luís - “O Popular"
31 de Outubro de 1838 (Lisboa – 19 de Outubro de 1889 (Lisboa)
Casou com D. Maria Pia de Sabóia
 
Este rei acedeu ao trono devido ao facto de seu irmão D. Pedro V ter falecido sem deixar descendência (ao princípio encontrou um ambiente desfavorável, por motivo da estupefacção causada pelo falecimento próximo dos seus três irmãos, mas depois veio a conquistar as simpatias da população, que reconheceu as suas grandes qualidades).
Era mais intelectual do que político. Fez primorosa tradução e rica edição de boa parte da obra de Shakespeare (manifestava assim os frutos da esmerada educação que recebera, mais erudita do que política, pois não se podia prever que alguma vez viesse a reinar; no seu tempo, esteve em projecto a organização de um agrupamento político, que se pensava denominar “Vida Nova”, formado por intelectuais célebres, mas não chegou a constituir-se. Como o projecto se frustrou, reconhecendo-se o fracasso da iniciativa, o grupo passou a ser conhecido por “Vencidos da Vida”, nome que eles próprios lhe atribuíram; praticamente pertenciam todos à “Geração de 70”.
D. Luís viveu um período de certo brilho literário – Júlio Dinis, João de Deus, Camilo e Eça – e artístico – Soares dos Reis, Teixeira Lopes, Malhoa, Columbano (pintura), Estação do Rossio e Palácio do Buçaco (arquitectura).
Os antigos partidos políticos foram remodelados; apareceram até dois agrupamentos inclinados à dissidência: o Partido Socialista e o Partido Republicano. Quanto aos outros, de ideologia monárquica, entrou-se na fase conhecida por rotativismo, sucedendo-se, alternadamente no governo, o Partido Histórico e o Partido Regenerador.
Durante o reinado de D. Luís, foi publicado o primeiro Código Civil Português. Dilatou-se a rede ferroviária nacional. Aboliu-se definitivamente a pena de morte e a escravatura.
Foi, no entanto, na África que mais se fez sentir a vitalidade nacional. Efectuou-se a notável Conferência de Berlim, considerada o marco da verdadeira História da África, no seu sentido moderno e actual.
Promoveram-se muitas e frutuosas expedições científicas (Serpa Pinto, Brito Capelo, Roberto Ivens, Henrique de Carvalho), fundaram-se cidades novas, consolidou-se o domínio português.
Fizeram-se tratados em que foram estabelecidas novas fronteiras africanas (tornando-se famoso o “mapa-cor-de-rosa”, que previa a união territorial de Angola com Moçambique; contudo, o grande interesse manifestado colidiu com as ambições estrangeiras, nomeadamente da Grã-Bretanha, e Portugal sofreu a enorme afronta de ter de aceitar o “ultimato inglês”.
Recebeu o cognome de “Popular” pela simplicidade com que se apresentava, havendo quem lhe desse o epíteto de “Bom”, porque realmente o era.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte:
 
 
1889 - 1908
D. Carlos - “O Martirizado"
28 de Setembro de 1863 (Lisboa) – 1 de Fevereiro de 1908 (Lisboa)
Casou com D. Maria Amélia de Orleães
 
Iniciou o seu governo com a agitação causada pelo “ultimato inglês de 1890”, que veio causar, ou pelo menos agravar, a crise política, económica e social. Apesar disso, prosseguiu-se em África, Angola e Moçambique, a tarefa da consolidação da soberania portuguesa (pacificação das insurreições), desenvolvimento de diversas campanhas e cuidando de criar condições de progresso.
Manifestou-se a acção de diversos estudiosos em diferentes sectores, contando-se cientistas famosos e eruditos abalizados (continuou a efectuar-se o estudo sistematizado da fauna e da flora dos territórios ultramarinos, com resultados surpreendentes e extremamente valiosos).
Desenvolveu-se a indústria nacional (instalando diversas unidades industriais, destacando-se algumas fábricas de cimento e afins, incentivando a cerâmica tradicional e dando-lhe aspecto mais primoroso, podendo destacar-se o que Bordalo Pinheiro fez nas Caldas da Rainha, criando fama e nome ainda perdurável).
D. Carlos era um artista e um cientista (mais artista e cientista do que político, em que também foi individualidade notável).
Desenvolveu intensa pesquisa oceanográfica (actuando como verdadeiro sábio, encontrou três espécies novas para a costa de Portugal e uma nova para a História Natural. A sua colecção ictiológica, que primeiro esteve no Palácio das Necessidades, foi depois integrada no acervo do Museu da Marinha).
Foi pintor de mérito, tendo tomado parte em importantes exposições de arte, produzindo trabalhos de grande valor expressivo.
Interessava-se também pela exploração agrícola, de forma moderna e rentável, conseguindo que as suas terras produzissem em valores económicos apreciáveis.
Era bom desportista (nas modalidades então em voga na alta sociedade, no ténis, no golfe, nos desportos náuticos, e também mostrou ser grande apaixonado pela actividade venatória – a caça).
Na política interna, teve de sofrer os ataques dos partidos que combatiam o regime, os que defendiam a proclamação republicana (registou-se no Porto, uma Revolta Republicana, em 31 de Dezembro de 1891, portanto logo no início do reinado. Foi a primeira grande manifestação republicana, para destituir a Monarquia. Mas talvez mais o desprestigiassem, com o seu comportamento duvidoso, os monárquicos desonestos do que os republicanos dignos).
A sua esposa, D. Amélia, foi a última rainha de Portugal, falecendo na sua Pátria de origem, a França, em 1951.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, quando a família real regressava de Vila Viçosa, foi vítima do criminoso atentado, tendo sido morto pelas balas de um facínora e com ele o príncipe real D. Luís Filipe, que, então, contava apenas vinte anos de idade, praticamente o tempo de duração do seu reinado.
A tragédia que lhe causou a morte proporcionou que lhe chamassem “Martirizado” ou “Mártir”, e também por vezes “Desventurado”.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte:
 
 
1908 - 1910
D. Manuel II - “O Exilado"
15 de Novembro de 1889 (Lisboa) – 2 de Abril de 1932 (Inglaterra)
Casou com D. Augusta Vitória Hohenzollem-Sigmaringen
 
Pode dizer-se que nada há a registar no seu reinado, a não ser que se diga que houve em todo ele intensa actividade de propaganda republicana, chegando a abusos inaceitáveis, como a ostensiva glorificação do regicida.
Mostrou ser um príncipe magnânimo, disposto a perdoar. Pretendia criar um clima de entendimento e tranquilidade, mas os adversários políticos não quiseram colaborar com tais intenções.
No dia 4 de Outubro de 1910, eclodiu em Lisboa uma sublevação que ao princípio mostrou fracassar. Mas o apoio dado pelos populares inverteu a situação e no dia seguinte, 5 de Outubro, foi proclamada a República Portuguesa.
O rei D. Manuel II e a família real – incluindo as duas rainhas viúvas, D. Maria Pia (já muito idosa e com deficiências mentais, que foi para Itália, a sua pátria, onde faleceu exactamente nove meses depois) e D. Amélia de Orleães, assim como seu tio o infante D. Afonso Henriques – deixaram Portugal, a caminho do exílio.
Apesar do que aconteceu, pode afirmar-se que era grande a popularidade de rei D. Manuel II, claramente demonstrada na sua visita ao Porto em Novembro de 1908, e nas comemorações do centenário da batalha do Buçaco, em Setembro de 1910, oito dias antes da sua saída do País e fim do seu reinado.
Durante a Grande Guerra prestou auxílio humanitário aos que dele careciam, apoiando os serviços mantidos pela Cruz Vermelha Portuguesa.
Tendo fixado a residência na Inglaterra, ali faleceu, em Twickeenham, no ano de 1932.
Enquanto infante de Portugal, usou o título de Duque de Bragança (acontecera a mesma circunstância com o seu homónimo D. Manuel I, que como ele subiu ao trono em consequência de uma morte trágica).
À semelhança de seu pai e seu avô, interessava-se muito pelos assuntos intelectuais, determinando que os seus haveres fossem destinados, após a morte de sua mãe e de sua esposa, para a manutenção de um organismo cultural, a Fundação da Casa de Bragança (e tanto D. Amélia como D. Augusta Vitória voluntariamente prescindiram de tais valores, antecipando a actividade programada).
Ainda dentro deste princípio elaborou uma obra de pesquisa de muito mérito, editada em três volumes de cerca de oitocentas páginas cada um (o primeiro impresso em 1929, o segundo em 1932, o terceiro em 1935, e reimpressos em fac-símile em 1995.
Anteriormente havia publicado um catálogo sobre o mesmo tema e quase igual denominação.
 
Para saber mais sobre este rei, consulte:
 

 

publicado por viajandonotempo às 16:51

Ora aqui está um blog, que vai já para os meus favoritos. Gosto dos temas tratados...
ARPires a 23 de Março de 2009 às 10:15

Muito obrigado. Oxalá continue a gostar e "frequentar" este espaço!

Caro amigo Manuel, De história sabes tu. Não vou ler isto tudo, mas será sempre uma referência para indicar ao meu neto Gonçalo. 1 abraço
AS
molhobico a 25 de Março de 2009 às 12:53

Obrigado amigo AS! Tu és o responsável por me ter metido nestas "andanças"!

Saudações!
Excelente compilação!
Caso queira também visitar o nosso blog, por favor, não exite.
Link:
http://unveilingptmonarchy.blogspot.com/

MP&FP
Anónimo a 5 de Agosto de 2010 às 16:07

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