VIAJANDO NO TEMPO...e no espaço!

Março 31 2019

O ANO DA MORTE DE D. MARIA I

Maria_I,_Queen_of_Portugal_-_Giuseppe_Troni,_atrib

D. Maria I foi a última princesa a nascer no Palácio da Ribeira e que viria a ser a primeira rainha titular do Reino de Portugal e das suas descobertas e conquistas. Aí nasceu no dia 17 de dezembro de 1734 (menos 21 anos depois, o Palácio seria destruído pelo grande Terramoto de 1 de novembro de 1755). Morreria no Brasil, no dia 20 de março de 1816, há 203 anos.

Para não ser posta em causa a dinastia de Bragança, foi negociado o seu casamento com o seu tio paterno, D. Pedro, 17 anos mais velho. O casamento teve lugar no dia 6 de junho de 1760, na “Barraca Real” (D. José, após o Terramoto e as suas réplicas recusou-se a dormir num palácio de pedra, por isso foi construída uma gigantesca tenda de pano e madeira, onde viveu até ao fim dos seus dias).

Assumiria o trono no dia 24 de fevereiro de 1777, data da morte de seu pai, D. José I, contra a vontade do todo poderoso Marquês de Pombal, que seria expulso do governo, para se refugiar no exílio interno, em Pombal.

No que respeita ao seu reinado, apesar de ter apostado em muitas coisas contrárias à orientação pombalina (daí o nome de “viradeira”) não deixa de merecer destaque o desenvolvimento que promoveu no âmbito cultural e científico. Fundou a Academia Real das Ciências, a Real Biblioteca Pública da Corte e a Academia Real da Armada. Durante o seu reinado foram enviadas várias missões científicas a terras do Império, nomeadamente, Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique. Fundou também a Casa Pia de Lisboa, que tinha como objetivo principal a educação e proteção de órfãos e também a reeducação de jovens mendigos e vadios, com recurso ao trabalho.

Nos finais do século XIX, a sua instabilidade mental, fez com que o príncipe D. João assumisse a regência do Reino. Concorreram para essa debilidade cerebral vários factos, entre os quais, a morte do marido (e tio), em 1786; a morte do filho e príncipe herdeiro, D. José, em 1788; e o avanço e radicalismo da Revolução Francesa, que em 1792 havia condenado Luís XVI à guilhotina.

Como se tal não bastasse, Napoleão havia de decretar a invasão de Portugal que faria com que a Corte tivesse de procurar refúgio do outro lado do Atlântico e no hemisfério Sul. Portugal ficaria sujeito à vinda e ida das forças napoleónicas, que por três vezes aqui cometeriam as maiores atrocidades. Para nos ajudar contra os invasores acabaria por se instalar em Portugal, a nossa velha aliada Inglaterra, que dominaria a vida política e económica até à Revolução Liberal de 1820, que o Sinédrio haveria de levar a efeito, obrigando a Família Real a deixar o Rio de Janeiro, sob pena de transformar o regime político em República.

O ano de 1816, o último da sua vida, uma vez que morreu com 81 anos, no dia 20 de março de 1816, ainda se encontrava no Brasil, entretanto, elevado à nova categoria administrativa de Reino. O novo título do nosso país passou a ser Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Nesse ano, deste lado do Atlântico, Beresford ainda detinha o poder político-militar, mas também se constituiu o Sinédrio, que haveria de lhe retirar o poder ao fazer triunfar a Revolução Liberal no Porto, no dia 24 de agosto de 1820.

 

publicado por viajandonotempo às 10:05

Março 2019
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
19
20
21
22
23

24
25
26
27
28
29
30



ÍNDICE DESTE BLOG:
arquivos

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Novembro 2022

Setembro 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Tags

todas as tags

pesquisar
 
mais sobre mim
contador
subscrever feeds
blogs SAPO