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Julho 29 2020

AMÁLIA NASCEU EM JULHO DE 1920

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Amália Rodrigues, uma das fadistas mais importantes de todos os tempos, nasceu há cem anos. Decorrem desde o início deste mês as comemorações do primeiro centenário do seu nascimento, que vão prolongar-se até ao final do verão do próximo ano. A sua incomparável voz, e a língua portuguesa em que ela cantava e comunicava, fizeram dela uma embaixadora da cultura portuguesa, um pouco por todo o mundo, desde os Estados Unidos ao Japão, passando pela Inglaterra, França, Itália, Rússia e, entre outros, a China. Menos de dois anos após a sua morte, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional. Seria a primeira mulher, e primeira artista da canção, a ter a honra de ser sepultada na Igreja de Santa Engrácia.

Ainda em vida, os que mais de perto privaram com ela ter-lhe-ão ouvido várias vezes dizer “não chego ao ano 2000” e acertou em cheio, morreu quase 3 meses antes de começar o ano 2000, ou seja no dia 6 de outubro de 1999!

O corpo deixou de viver, mas o seu nome e a sua voz tornaram-se eternos. Amália teve honras de “Panteão Nacional” e o seu nome e a memória bem viva da sua existência estão por todo o lado, agora que se completam cem anos sobre o nascimento da “Rainha do Fado”.

Televisão, Jornais, Exposições e até uma Rádio, nascida poucos anos após a sua morte, têm servido para evocar essa Mulher Portuguesa que tão longe levou a canção tradicional portuguesa que já é Património Imaterial da Humanidade. Um pouco por todo o país está presente o nome de Amália Rodrigues. No Grande Porto, o seu nome foi atribuído, ainda em vida dela, a uma Rua e, mais tarde, ao Centro Cultural de Rio Tinto.

Na capital, a sua residência foi a casa amarela do n.º 193 na Rua de São Bento. Foi aí que Amália Rodrigues viveu mais de meio século. As memórias que guarda ajudam a recordá-la de forma mais intensa. Os grandes ramos de flores que ofereciam à grande Amália continuaram a chegar mesmo depois de ter partido. E, apesar das remodelações entretanto feitas pela Fundação Amália Rodrigues, conserva o aspeto que Amália lhe deu.

Amália Rodrigues nasceu em Lisboa, no Bairro de Alcântara, no dia 1 de julho (data em que fazia questão de festejar o seu aniversário natalício, apesar do registo de nascimento consta o dia 23 de julho de 1920). Tempos muito difíceis vivia então Portugal acabado de sair da Primeira Guerra Mundial que muitas complicações trouxe à vida política, económica e social portuguesa. Nove anos mais tarde, inicia a frequência da Escola Primária da Tapada da Ajuda, onde fez a sua instrução primária. Aos 14 anos, trabalhava como bordadeira, engomadeira e tarefeira.

Um ano depois, isto é, com quinze anos, desfilou na Marcha de Alcântara e cantou pela primeira vez, acompanhada à guitarra, numa festa de beneficência. Aos 18 anos, representando o Bairro de Alcântara participou no Concurso da Primavera. No ano seguinte, início da Segunda Guerra Mundial, estreou-se como fadista no “Retiro da Severa”. No período final da Guerra, teve a sua 1.ª saída para o estrangeiro. O destino foi o Brasil. Previa-se que estivesse lá seis semanas, mas acabou por estar três meses, tendo atuado no Casino de Copacabana (Rio de Janeiro). No Brasil gravaria, em 1945, os primeiros dos 170 discos da sua longa e prestigiadíssima carreira.

O fado tornar-se-ia património da Humanidade e o nome da sua “Rainha” foi dado a muitas ruas, avenidas e praças de Portugal, de norte a sul. Ermesinde também lembrou Amália. Foi o ano passado, em 29 de junho, no Fórum Cultural, por intermédio do grupo “Voz Ligeira” da Associação Académica e Cultural de Ermesinde que promoveu um espetáculo intitulado “ Tributo a Amália”.

Desde o início deste mês decorre a comemoração do 1.º centenário do seu nascimento, a cargo de organismos sob tutela do Ministério da Cultura e da Câmara Municipal de Lisboa, com diversos eventos, que incluem música, exposições, cinema, teatro, dança, património, conferências, colóquios, programas educativos, edições e reedições, investigação, tudo momentos em que vamos lembrar a grande Amália Rodrigues. São parceiros das comemorações do Centenário de Amália, a Fundação Centro Cultural de Belém, a Fundação Amália Rodrigues, o Museu Nacional do Teatro e da Dança, o Museu Nacional do Traje, o Panteão Nacional, a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema e o Arquivo Nacional da Imagem em Movimento

Várias condecorações nacionais, antes e depois do “25 de Abril”, e estrangeiras, sobretudo em França e Itália confirmam que Amália Rodrigues foi, de facto, uma das mais importantes personalidades da música portuguesa do século XX, cujo legado, intemporal, permanece bem vivo entre os portugueses, onde quer que vivam.

publicado por viajandonotempo às 16:16

Fevereiro 28 2010

 

Recordando AMÁLIA RODRIGUES – “Rainha do Fado”
 
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Ainda em vida, os que mais de perto privaram com ela ter-lhe-ão ouvido várias vezes dizer "não chego ao ano 2000" e acertou em cheio, morreu quase 3 meses antes de começar o ano 2000!
O corpo deixou de viver, mas o seu nome e a sua voz tornaram-se eternos.
O corpo teve honras de “Panteão Nacional” e o seu nome e memória estão bem vivos como ainda recentemente se viu, por ocasião do 10.º aniversário do seu falecimento – 6 de Outubro de 2009!
Televisão, Jornais, Exposições… até uma Rádio, vocacionada só para o fado, nasceu nesse dia em Lisboa. Tudo formas de evocar essa Mulher Portuguesa que tão longe levou a canção tradicional portuguesa que está prestes a tornar-se Património Imaterial da Humanidade.
Um pouco por todo o país é lembrado o nome da “Rainha do fado” – Amália Rodrigues.
A cidade de Leiria (à semelhança de muitas outras terras do País e até fora dele) em 1994, proporcionou à artista assistir pessoalmente à apresentação do Bailado “AMARAMÁLIA”, tendo sido então agraciada em palco pela Câmara Municipal de Leiria no Teatro José Lúcio da Silva.
Na capital, a sua morada mais efectiva foi a casa amarela do nº 193 na Rua de São Bento. Foi aí que Amália Rodrigues viveu mais de meio século. As memórias que guarda ajudam a recordá-la de forma mais intensa. Os grandes ramos de flores que ofereciam à grande Amália continuaram a chegar mesmo depois de ter partido. E, apesar das remodelações entretanto feitas pela Fundação Amália Rodrigues, muito conserva o aspecto que Amália lhe deu.
Amália Rodrigues nasceu em Lisboa, no Bairro de Alcântara, no dia 1 de Julho (data em que fazia questão de festejar o seu aniversário natalício, apesar do registo de nascimento consta o dia 23 de Julho de 1920). Tempo muito difíceis vivia então Portugal acabado de sair da Primeira Guerra Mundial que muitas complicações trouxe à vida política, económica e social portuguesa.
Nove anos mais tarde, inicia a frequência da Escola Primária da Tapada da Ajuda, onde fez a sua instrução primária.
Aos 14 anos, trabalhava como bordadeira, engomadeira e tarefeira. Um ano depois, isto é, com quinze anos, desfilou na Marcha de Alcântara e cantou pela primeira vez, acompanhada à guitarra, numa festa de beneficência.
Aos 18 anos, representando o Bairro de Alcântara participou no Concurso da Primavera. No ano seguinte, início da Segunda Guerra Mundial, estreou-se como fadista no “Retiro da Severa”.
No período final da Guerra, tem a sua 1.ª saída para o estrangeiro. O destino é o Brasil. Previa-se que estivesse lá seis semanas, mas acabou por estar três meses, tendo actuado no Casino de Copacabana (Rio de Janeiro). No Brasil gravaria, em 1945, o primeiro dos 170 discos da sua carreira.
Em 1947, em Portugal, é protagonista no filme «Capas Negras», tendo conseguido bater todos os recordes de exibição (esteve 22 semanas em cartaz no Cinema Condes). No ano seguinte, recebeu o prémio do SNI (Secretariado Nacional de Informação) para a melhor actriz, pelo seu papel em «Fado», um filme de Perdigão Queiroga.
Em 1949, inicia um périplo que a leva a vários continentes, países e regiões do Mundo: Paris e Londres (1949); a África: Moçambique, Angola e Congo (1951); Nova Iorque no La Vie en Rose, ficando 4 meses em cartaz (1952).
Em 1953, Amália é a primeira artista portuguesa a cantar na televisão americana no programa «Eddie Fisher Show». No ano seguinte, edita o primeiro LP nos Estados Unidos. Actua no Mocambo, em Hollywood (955); interpreta a «Canção do Mar» e o «Barco Negro» no filme de Henri Verneuil «Os Amantes do Tejo». Filma no México «Música de Sempre» com Edith Piaf.
Em 1957, estreou-se no Olympia em Paris e começa a cantar em francês. Charles Aznavour escreve para ela «Ai, Mourrir pour Toi».
Em 1961 casou com o engenheiro César Seabra, no Rio de Janeiro, com quem vive até à morte deste em 1997.
Em 1962, lançou o disco «Asas Fechadas» e «Povo que Lavas no Rio» do poeta Pedro Homem de Mello. Em 1966, actuou no Lincoln Center (Nova Iorque) com uma orquestra sinfónica dirigida pelo maestro André Kostelanetz.
Em 1967, recebeu em Cannes, pelas mãos do actor Anthony Quinn, o prémio MIDEM (Disco de Ouro) para o artista que mais discos vendeu no seu país, facto que se repete nos dois anos seguintes, proeza só igualada pelos Beatles.
Em 1970 actuou em Tóquio, Nova Iorque e Roma e recebeu uma alta condecoração francesa. Em 1975, já no Portugal de Abril, regressou ao Olympia em Paris. Em 1976, é editado pela UNESCO o disco «Le Cadeau de la Vie» em que figura ao lado de Maria Callas e de Jonhn Lennon. Em 1977, cantou no Carnegie Hall de Nova Iorque. Em 1985 voltou ao Olympia de Paris e dá o primeiro concerto a solo no Coliseu dos Recreios de Lisboa.
Em 1989 comemorou os 50 anos de carreira com uma exposição no Museu do Teatro em Lisboa.
Em 1990, década em que faleceria, deu dois grandes espectáculos: no Coliseu dos Recreios e no S. Carlos onde, pela primeira vez em dois séculos, se ouviu cantar o fado. Em 1994, actuou pela última vez em público no âmbito de Lisboa, Capital da Cultura. Em 1995, foi operada a um tumor no pulmão e editou o seu último disco «Pela Primeira Vez». Em 1998, foi lançado o disco “O melhor de Amália”, muito aclamado pela crítica internacional. Foi ainda homenageada na “Expo 98”.
Faleceu a 6 de Outubro de 1999, em Lisboa, na sua casa na Rua de S. Bento.
 

CRONOLOGIA DE AMÁLIA RODRIGUES

in http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Amalia%20Rodrigues.htm#Cronologia [disponível em 28-2-2010]

 

 
1920: Nasce em Lisboa no Bairro de Alcântara a 1 de Julho (data escolhida por Amália porque nos registos consta o dia 23). 
1929: Entra na Escola Oficial da Tapada da Ajuda, onde terminará a instrução primária. 
1934: Trabalha como bordadeira, engomadeira e tarefeira. 
1935: Desfila na Marcha de Alcântara e canta pela primeira vez, acompanhada à guitarra, numa festa de beneficência. 
1938: Representando o Bairro de Alcântara participa no Concurso da Primavera. 
1939: Estreia-se como fadista no Retiro da Severa.
1944: A estada no Brasil, prevista para seis semanas, estende-se por três meses. Actua no Casino de Copacabana. 
1945: No Brasil grava os primeiros dos 170 discos (em 78 rotações) da sua carreira. 
1947: É protagonista no filme «Capas Negras», batendo todos os recordes de exibição ( 22 semanas em cartaz no Cinema Condes). 
1948: Recebe o prémio do SNI (Secretariado Nacional de Informação) para a melhor actriz, pelo seu papel em «Fado», filme de Perdigão Queiroga. 
1949: Actua pela primeira vez em Paris e Londres. 
1951: Digressão a África: Moçambique, Angola e Congo. 
1952: Actua pela primeira vez em Nova Iorque no La Vie en Rose, ficando 4 meses em cartaz. Assina contrato com a editora discográfica Valentim de Carvalho, que passa a gravar todos os seus discos. 
1953: É a primeira artista portuguesa a cantar na televisão americana no programa «Eddie Fisher Show». 
1954: Edita o primeiro LP nos Estados Unidos. Actua
no Mocambo, em Hollywood. 
1955: Interpreta a «Canção do Mar» e o «Barco Negro» no filme de Henri Verneuil «Os Amantes do Tejo». Filma no México «Música de Sempre» com Edith Piaf. 
1957: Estreia-se no Olympia em Paris e começa a cantar em francês. Charles Aznavour escreve para ela «Ai, Mourrir pour Toi». 
1961: Casa no Rio de Janeiro com o engenheiro César Seabra com quem vive até à morte deste em 1997. 
1962: Lança o disco «Asas Fechadas» e «Povo que Lavas no Rio» do poeta Pedro Homem de Mello. 
1966: Actua no Lincoln Center (Nova Iorque) com uma orquestra sinfónica dirigida pelo maestro André Kostelanetz. 
1967: Recebe em Cannes, pela mãos do actor Anthony Quinn, o prémio MIDEM (Disco de Ouro) para o artista que mais discos vende no seu país, facto que se repete nos dois anos seguintes, proeza só igualada pelos Beatles. 
1970: Actua em Tóquio, Nova Iorque e Roma e recebe uma alta condecoração francesa. 
1975: Regressa ao Olympia em Paris. 
1976: É editado pela UNESCO o disco «Le Cadeau de la Vie» em que figura ao lado de Maria Callas e de Jonhn Lennon. 
1977: Canta no Carnegie Hall de Nova Iorque. 
1985: Volta a cantar no Olympia de Paris. Dá o primeiro concerto a solo no Coliseu dos Recreios de Lisboa. 
1989: Comemora os 50 anos de carreira com uma exposição no Museu do Teatro em Lisboa. 
1990: Dois grande espectáculos: Coliseu dos Recreios e no S. Carlos onde, pela primeira vez em 200 anos, se ouve cantar o fado. 
1994: Actua pela última vez em público no âmbito de Lisboa, Capital da Cultura. 
1995: É operada a um tumor no pulmão. Edita o seu último disco «Pela Primeira Vez». 
1998: É lançado o disco O melhor de Amália, muito aclamado pela crítica internacional. É homenageada na Expo 98.
1999: A 6 de Outubro morre em Lisboa, na sua casa na Rua de S. Bento.
 
 
publicado por viajandonotempo às 12:26

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